O mês de dezembro de 2023 fechou com 11.515 incêndios florestais, 65,6% a mais do que o mesmo período do ano passado, que registrou 6.953 focos ativos, é o que aponta o Monitoramento dos Focos do Programa Queimadas do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Foto: Joédson Alves / Agência Brasil. |
Os Estados que registraram as maiores quantidades de queimadas foram o Pará, que lidera a lista do mês de dezembro de 2023 com 2.412 eventos, seguido do Maranhão, com 1.872 e do Ceará, com 1.826.
SITUAÇÃO DOS BIOMAS
Em dezembro de 2023, os casos de incêndio no Pantanal se agravaram em 114,6%, subindo de 239 para 513 detecções. Em novembro de 2023, o bioma havia registrado um recorde de queimadas para o mês desde o início da série histórica do INPE, com início em 1998. Foram identificadas 4.134 queimadas, um número muito superior ao que vinha registrando mensalmente durante o ano de 2023.
Focos ativos detectados por satélite no Pantanal em 2023
JAN | FEV | MAR | ABR | MAI | JUN | JUL | AGO | SET | OUT | NOV | DEZ |
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21 | 9 | 12 | 15 | 33 | 77 | 126 | 110 | 373 | 1157 | 4134 | 513 |
Fonte: INPE.
Os outros biomas que tiveram alta nos casos foram a Mata Atlântica, onde tivemos elevação de 247% nos registros, passando de 283 para 982. Na Amazônia com aumento de 70,6% em comparação ao mesmo período de 2022, tendo 4.701 eventos contra 2.756. Na Caatinga, que registrou alta de 35,4% nas queimadas no período, com 3.063 contra 2.262, assim como o Cerrado, com aumento de 67,5%, onde o INPE detectou 2.239 focos em Dez/2023 contra 1.337 de Dez/2022.
O único bioma que registrou uma redução no comparativo entre dezembro de 2022 e 2023 foi o Pampa, com 76 e 17 casos respectivamente, uma queda de 77,6%.
Saiba Mais:
O PROBLEMA DAS QUEIMADAS
As queimadas no Brasil constituem um desafio ambiental significativo, influenciando ecossistemas diversos e despertando preocupações globais. Ao longo dos anos, o país tem enfrentado uma série de problemas relacionados a incêndios, destacando-se especialmente nas vastas florestas amazônicas e no bioma do Cerrado. As causas desses focos variam desde práticas agrícolas até ações vinculadas ao desmatamento, tornando crucial a compreensão dos fatores subjacentes a esses eventos. Neste contexto, os dados recentes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) desempenham um papel crucial, fornecendo uma visão abrangente e atualizada sobre a extensão e natureza dessas ocorrências, permitindo uma avaliação mais precisa dos impactos ambientais e das medidas necessárias para sua mitigação.