A plataforma Human Climate Horizon, que divulga informações sobre os futuros impactos das mudanças climáticas por meio da parceria entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e o Laboratório de Impacto Climático, estima que as cidades brasileiras de Santos e Rio de Janeiro terão parte de seu território inundado com o aumento da temperatura média do planeta causado pelo acúmulo dos gases do efeito estufa.
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| Foto: Rodiney Assunção / Pexels |
Os dados estimam que, no pior cenário, onde as emissões não forem controladas, o nível dos mares subirá 55,07 cm, em média, em todo o planeta. Na costa brasileira, a elevação média chegará a 65,63 cm até o fim do século.
As cidades de Santos e do Rio de Janeiro são destaques, pois a elevação pode chegar a 72,85 cm e 65,67 cm, afetando 7,57% dos santistas e 7,35% dos fluminenses, onde juntas, somariam cerca de 500 mil pessoas afetadas pela inundação das áreas costeiras, considerando a população divulgada pelo Censo 2022. As localidades ficariam ainda mais vulneráveis aos efeitos das marés e de ressacas, que impactariam mais a área urbana.
A do nível do mar se dá por meio do degelo das calotas polares e do derretimento das geleiras, que injetam mais água doce no mar e pelo aquecimento das águas dos oceanos, que aumentam de volume com temperaturas mais elevadas.
Aquecimento Global
O aquecimento global é causado pelo agravamento do efeito estufa por meio da emissão de gases poluentes na atmosfera que criam uma barreira de calor. O efeito estufa é necessário para manter a vida na terra, entretanto, o acúmulo excessivo dos gases eleva a temperatura global a níveis que estão ocasionando as mudanças climáticas que temos observado.
O planeta está 1,2 °C acima da média global registrada antes do período da Era Industrial e esse aumento de temperatura já causou a elevação média de 23 cm do nível do mar. Em 2023, a estimativa divulgada pela Organização Mundial de Meteorologia é de que a temperatura média global, até outubro, era de 1,4 °C. O Acordo de Paris, assinado em 2015, tem como objetivo manter as temperaturas médias globais abaixo de 1,5 °C.