As temperaturas das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial registraram queda durante o mês de março de 2024, segundo o diagnóstico de discussão mensal emitido pelo Centro de Previsão Climática dos Estados Unidos, divulgado hoje (11/4).
A região do pacífico equatorial é monitorada a partir de uma divisão em quatro partes, nomeadas de Niño 1+2, mais próximo ao litoral das Américas, no leste extremo leste do pacífico, Niño 3, Niño 3.4 e Niño 4, a oeste da zona do Pacífico Equatorial.
Os dados mostraram um resfriamento na porção mais a leste do Pacífico, onde a anomalia de temperatura ficou em -0,1°C abaixo da média climatológica. Já nas outras regiões monitoradas, as variações foram positivas, ficando entre 0,9°C e 1,2°C.
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Probabilidades Oficiais do NOAA para CPC para o El Niño Oscilação Sul da região Niño 3.4 considerando a temperatura superficial das águas do Pacífico Equatorial entre as latitudes 5°N e 5°S e longitudes 120°W e 170°W. Gráfico: Climate Prediction Center/NCEP/NWS - NOAA. |
Os modelos de previsão do El Niño Oscilação Sul (Em inglês a sigla e ENSO) convergem para apontar uma situação de neutralidade na região durante os meses de outono do hemisfério sul, com probabilidade de 85% de ocorrer no trimestre de abril a junho.
Os dados também mostram que existe uma chance de 60% da formação do La Niña já nos meses de inverno, tendo assim uma curta transição entre os fenômenos.
Caso o La Niña se configure nos meses de inverno, como vem apontando os modelos de previsão numérica, os impactos no Brasil são o inverso dos causados pelo El Niño. A região em que os efeitos são mais acentuados, segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos - CPTEC, é a região Sul do país, que sofreu com altos volumes de chuvas no segundo semestre de 2023, já com um La Niña configurado, durante sua atuação e influência, os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná teriam um clima mais seco.