O mês de março de 2024 foi o mais quente que se tem registro. A temperatura média global ficou em 14,14°C, ficando 0,73°C acima da média para o mês entre os anos de 1991 e 2020, 0,10°C acima do recorde anterior em 2016, com isso, já são dez meses consecutivos com quebras de recordes mundiais de temperatura global, conforme informações divulgadas ontem, terça-feira (9) pelo Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, implementado pelo Centro Europeu de Previsões Climáticas de Médio Alcance mantido pela União Européia.
O gráfico abaixo traz a plotagem da anomalia de temperatura média global do ar na superfície de todos os anos desde a década de 1940, tendo como referência os valores médios do período pré-industrial (1850-1900). A alta global gradativa das temperaturas fica evidente por meio da análise das cores de cada linha, onde cada década é representada em tons que variam do azul ao vermelho, mostrando que nos anos mais recentes, a temperatura global tendeu a subir.
Fica mais evidente a alta nas temperaturas no ano de 2023 e início de 2024, representadas pelo tom de vermelho mais vibrante e a linha amarela, respectivamente, onde é possível visualizar os recordes globais dos últimos dez meses.
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| Gráfico: Copernicus Climate Change Service (C3S) e European Centre for Medium-Range Weather Forecasts (ECMWF). Fonte de dados: ERA5. |
Se compararmos a média global de março estimada para o período pré-industrial com os dados de março de 2023, a anomalia climática na temperatura média do ar na superfície ficou 1,68°C acima da média histórica.
As temperaturas superficiais dos oceanos e mares localizados entre as latitudes 60°S-60°N bateram recordes pelo 11º mês consecutivo, e março teve o maior registro desde 1979, início da série histórica, com 21,07°C, um centésimo acima da temperatura média de fevereiro (21,06°C).
No gráfico abaixo fica fácil visualizar a sequência de recordes quebrados. A linha amarela representa o ano de 2016, onde o mês de março daquele ano detinha o recorde de maior temperatura média da superfície dos mares e oceanos já registrada. A linha vermelha é o ano de 2023, que iniciou a sequencia de recordes em abril e a linha preta refere-se a 2024, que continua a bater recordes.
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| Gráfico: Copernicus Climate Change Service (C3S) e European Centre for Medium-Range Weather Forecasts (ECMWF). Fonte de dados: ERA5. |