Com resfriamento oceânico mais lento, La Niña surge no fim no inverno

 Com o fim do El Niño, a região monitorada está oficialmente em um situação de neutralidade, porém, não por muito tempo, é o que indica o último diagnóstico divulgado pelo NOAA, no último dia 13. Apesar do lento resfriamento das águas oceânicas no pacífico equatorial, as chances de formação do La Niña no final do inverno do hemisfério sul são de 65% (julho-setembro), um pouco abaixo da estimativa do diagnóstico do mês anterior, quando apontava 69% de chance.

Probabilidades Oficiais do NOAA para El Niño/La Niña - Junho de 2024. Gráfico: NOAA
Probabilidades Oficiais do NOAA para El Niño/La Niña - Junho de 2024. Gráfico: NOAA

O gráfico acima, que mostra a probabilidade de El Niño/La Niña para a região do índice Niño 3.4, que leva em consideração a anomalia de temperatura superficial do mar entre as latitudes 5°N-5°S e longitude 120°W-170°W, é de que a situação de normalidade se mantenha no trimestre de junho-agosto (60%). Segundo as projeções, o La Niña tem chances de 85% de persistir até o verão de 2024/2025 (novembro-janeiro).

A região equatorial mais próxima a costa da América do Sul já apresenta maior resfriamento em relação ao índice. A Niño 1+2 apresenta temperatura de -0,5°C abaixo do índice. A região mais quente, Niño 4 , localizado mais próximo da oceania, apresenta temperatura de 0,8°C acima do índice. Já a região chave para o índice, a Niño-3.4, na área central equatorial do Pacífico, a temperatura está 0,1°C acima do índice.

Para caracterizar o La Niña, os índice Niño 3.4 deve permanecer, por mais de três meses, abaixo de -0,5°C.

Vinícius Lapa

Bacharel em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) e Tecnólogo em Gestão Pública pela UNIP (Universidade Paulista).

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