Julho dá fim a sequência de recordes globais de altas temperaturas

Temperatura média global de julho de 2024 atinge 16,91°C e fica abaixo do recorde para o mês de julho, estabelecido em 2023, por apenas 0,04°C, colocando fim na sequência de recordes de temperaturas de 13 meses. O mês também fechou com uma anomalia de 1,48°C acima da referência média pré-industrial.

O gráfico abaixo, que traz em destaque a anomalia de temperatura média global do ar de superfície dos anos de 2023 (em laranja) e 2024 (em vinho), mostram uma leve tendência de queda nas temperaturas médias, mas ainda muito próximas da zona limite estabelecida pelo Acordo de Paris, que propôs um acordo para conter o Aquecimento Global em até 1,5°C acima da temperatura média global do período pré-industrial (1850-1900). 

Anomalias globais da média da temperatura do ar de superfície até Julho de 2024 - ECMWF C3S
Fonte: Copernicus (C3S) / ECMWF.

Outra sequência de recordes foi quebrada, que já durava 15 meses, foi a de máximas de temperatura superficial média mensal das águas dos mares, que fechou 0,01°C abaixo de julho de 2023, que detinha o recorde para o mês, com 20,89°C. Essa medição leva em consideração os mares e oceanos contidos entre as latitudes 60°S e 60°N.

Mesmo com o fim do El Niño, a fase neutra do fenômeno oceânico e atmosférico ainda apresenta regiões do Pacífico Equatorial com temperaturas acima da média. O resfriamento lento do oceano tem atrasado a formação do La Niña, que é previsto para o final do inverno do hemisfério Sul.

Os dados divulgados pelo Copernicus obtidos pelo ERA5 apontam que, apesar da sequencia de recordes terem sido quebrados, as temperaturas ainda permanecem muito altas, potencializando a ocorrência de eventos climáticos extremos.

Vinícius Lapa

Bacharel em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) e Tecnólogo em Gestão Pública pela UNIP (Universidade Paulista).

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