A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou ontem (4/9), que em setembro passa a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1, após correção de dados do Programa Mensal de Operação pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), uma vez que havia anunciado em 30 de agosto o patamar 2 da bandeira. Isso implica no acréscimo de R$ 4,463 a cada 100 quilowatts-hora (kW/h) consumidos. Desde de agosto de 2021 a bandeira tarifária vermelha não era acionada.
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O acionamento da bandeira vermelha se dá com o cenário de chuvas abaixo da média previstas para o mês de setembro, prejudicando o nível dos reservatórios das hidroelétricas. A seca aliada a onda de calor fez com que a participação das termelétricas aumentassem na geração de energia no país, uma fonte de energia suja e mais cara.
Seca nas bacias hidrográficas das usinas hidrelétricas
Em Nota Técnica, o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (CEMADEN), destaca que as bacias localizadas nas regiões Norte (rio Madeira, Xingu e Tocantins-Araguaia), Centro-Oeste (rio Paraguai) e Sudeste (rio Paraná), bem como as bacias no vale do Jequitinhonha na região Nordeste, estão enfrentando seca hidrológica variando de severa a excepcional. As bacias da região Nordeste (rio São Francisco e Jequitinhonha) apresentam condição de seca moderada a severa, enquanto que as bacias na região sul estão em condição de normalidade.
A nota ainda informa que a previsão indica que a estação chuvosa deverá atrasar esse ano, agravando a situação dos reservatórios, que além de serem usados para geração de energia elétricas, também são fonte de captação de água para diversas regiões do país.