A temperatura média global do ar na superfície ficou em 16,82°C em agosto de 2024, repetindo o recorde de agosto mais quente estabelecido no ano passado. A anomalia de temperatura em comparação com os últimos 30 anos ficou em 0,71°C, e quando comparamos aos níveis pré-industriais (1850-1900), referencia mais utilizada, temos que a Terra ficou 1,51°C mais quente do que a referência, segundo os dados divulgados ontem pela Agência Climática Europeia Copernicus.
Imagem: Copernicus (C3S) / ECMWF. |
Os dados do ERA5 apontam que esse foi o 13º mês em um período de 14 meses em que a anomalia de temperatura global do ar na superfície superou o 1,5°C estabelecidos como limite no Acordo de Paris. O ano de 2024 está caminhando novamente para bater o recorde anual de temperatura global. Ao considerar o período de janeiro a agosto, a temperatura média já é 0,23°C mais quente do que no mesmo período do ano passado.
Já a temperatura média global da água superficial dos mares e oceanos, entre as latitudes 60°S-60°N, ficou em 20,91°C, a segunda maior para o mês, ligeiramente abaixo do registrado no anos passado. Com águas mais quentes, o oceano, que é um grande regulador de temperatura da Terra devido a troca de calor com a atmosfera, pode chegar a um ponto de saturação, isso significaria que além do oceano ficar com temperaturas médias mais elevadas, extinguindo grande parte dos ecossistemas marinhos mais vulneráveis, ainda seria menos eficiente em resfriar a Terra, aumentando o aquecimento global.